Entrevista concedida por Paulo Lopes ao Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol
O guardião elogia o trabalho do SJPF, diz que os ex-jogadores devem ocupar cargos nas estruturas directivas e revela que é 100 por cento a favor da criação de um fundo de pensões para os futebolistas.
“Fundo de Pensões é uma mais-valia para os jogadores”
Em que clube fez o seu primeiro contrato profissional e quanto ganhava?
Foi no Benfica e era à volta de 90 contos (cerca de 450 euros).
O momento mais feliz e o mais triste da sua carreira?
Felizmente, ainda não tive nenhum momento que possa considerar triste. Quanto ao mais feliz, talvez a minha passagem de júnior a sénior no Benfica.
“Fundo de Pensões é uma mais-valia para os jogadores”
Em que clube fez o seu primeiro contrato profissional e quanto ganhava?
Foi no Benfica e era à volta de 90 contos (cerca de 450 euros).
O momento mais feliz e o mais triste da sua carreira?
Felizmente, ainda não tive nenhum momento que possa considerar triste. Quanto ao mais feliz, talvez a minha passagem de júnior a sénior no Benfica.
Qual o treinador que mais o marcou?
Todos me marcaram e com todos eles aprendi alguma coisa. Era deselegante da minha parte estar a nomear algum.
Teve ou tem algum ídolo?
Vítor Baía foi o melhor guarda-redes que já vi actuar. No plano internacional, elejo Michel Preud'Homme. Além de ter trabalhado com ele foi sem dúvida um dos melhores do mundo.
Os ex-jogadores devem ocupar lugares de destaque no dirigismo desportivo?
Acho que sim porque o jogador vive a realidade do que é o futebol. Se passar a exercer o cargo de director, por exemplo, sabe quais são os problemas que existem e ser-lhe-á mais fácil resolver esses mesmos problemas.
É a favor ou contra a existência de empresários?
Não sou a favor nem contra. Ou seja, não sou muito apologista mas também não descarto a sua existência. Desde que façam as coisas como deve ser, tudo bem.
Concorda com a criação de um Fundo de Pensões para os jogadores?
É lógico que sim. Penso que é uma mais-valia para os jogadores, para precaverem o seu futuro. Para que quando acabarem a carreira de futebolista consigam ter meios de subsistência.
Existe “fair-play” no futebol?
De certo modo sim. Não tanto como se desejaria porque no futebol, feliz ou infelizmente, vive-se de resultados e nem sempre o “fair-play” é levado com rigor. Mas, no fundo, acho que existe sempre uma percentagem de “fair-play”.
Está satisfeito com o trabalho do Sindicato dos Jogadores?
É visível que tem vindo a melhorar de ano para ano. Penso que antes existiam mais problemas e não havia tanto respeito pelo Sindicato. Os jogadores não recorriam tanto ao Sindicato e acho que as coisas estão a melhorar a passos largos. É claro que ainda não atingimos a ponto ideal mas para lá caminhamos.
Já alguma vez recorreu ao Sindicato?
Sim, uma vez para tratar de uma pré-rescisão de contrato mas acabou por não ser preciso.
Se pudesse o que mudava no futebol português?
Gostava que ninguém pudesse mentir.
Dados pessoais:
Paulo Lopes (Trofense)
Idade – 29 anos (29/06/1978)
Naturalidade – Mirandela
Clubes – Benfica, Gil Vicente, Barreirense, Salgueiros, Estrela da Amadora e Trofense
11-12-2007
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