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Finanças e Segurança Social aprovam plano de recuperação do Trofense
O
Clube Desportivo Trofense foi informado, na segunda-feira, 27 de
janeiro, da votação favorável do plano de recuperação pelas Finanças e
Segurança Social. Clube aguarda homolação do documento por parte do
Tribunal.
“Estamos de consciência tranquila e um
bocado mais aliviados porque apesar das dificuldades que ainda temos
para enfrentar, pelo menos neste momento podemos organizar-nos de forma a
resolvermos os problemas que o clube tem”. Este é o sentimento de Paulo
Melro, presidente do Clube Desportivo Trofense, depois de ter sido
informado que a Direção Geral de Contribuições e Impostos (DGCI) e a
Segurança Social entregaram no Tribunal de Santo Tirso “os votos
favoráveis” ao plano de recuperação.
Agora, o Clube “aguarda” que lhe seja
dado “o resultado final”, ou seja, “a homologação do Tribunal e a
votação final”. No entanto, pelas “contas que já estavam feitas,
bastaria o voto favorável do fisco” para terem “as maiorias que eram
exigidas pelo Tribunal”.
Recorde-se que no dia 17 de janeiro,
decorreu no Tribunal de Santo Tirso a assembleia de credores, onde o
plano de recuperação foi votado. Para que este fosse viabilizado eram
necessários os votos favoráveis de dois terços dos créditos subordinados
e uma percentagem igual ou superior a 50 por cento dos que foram
considerados detentores de “créditos comuns”. Dos créditos subordinados,
76,52 por cento pertencem aos credores que votaram favoravelmente e
9,49 aos que votaram contra, enquanto cerca de 13 por centro pertencem
àqueles que pediram prazo. Estes últimos correspondiam à Segurança
Social (cerca 1,5 por cento) e a DGCI (cerca de 11,5 por cento). Já dos
considerados detentores de “créditos comuns”, cerca de 34 por cento
votaram favoravelmente, cerca de 26 por cento contra e cerca de 38
pediram prazo, correspondendo, uma vez mais, ao pronúncio da Segurança
Social (cerca de 4,5 por cento) e da DGCI (cerca de 33,5 por cento).
A empresa Jardins Alves, os jogadores
Miguel Alexandre Areias Lopes e Pedro Araújo, a Transcovizela SA, a
Eurico Ferreira SA, a Realvitur - Viagens e Turismo e uma empresa de
representação de jogadores foram os credores que votaram
desfavoravelmente o plano de recuperação.
Comprovado o voto favorável da DGCI e da
Segurança Social, o plano de recuperação é aprovado, uma vez que perfaz
cerca de 90 por cento (superior aos dois terços exigidos) e cerca de
71,50 por cento dos créditos comuns (quando é exigido uma percentagem
superior a 50 por cento).
Com a aprovação do plano, o passivo do
clube “baixa dos sete milhões de euros para cerca de dois milhões e 500
mil euros”. “Passamos de uma situação em que o clube tinha registado
alguma falência técnica porque tinha um passivo superior ao ativo. Neste
momento a situação inverte-se”, referiu.
“Validadas as votações entregues”,
“fixado o calendário de pagamentos” e “transitado no julgado”, começa a
contar “os prazos para que o plano seja liquidado”. “Vamos começar no
primeiro mês a regularizar a situação junto do Fisco e Segurança Social e
depois nos prazos contemplados no plano começaremos a amortizar a
dívida ao longo dos 13 anos”, explicou.
O plano prevê o “pagamento integral dos
valores que estão reconhecidos como créditos” aos trabalhadores e à DGCI
e o perdão de “80 por cento” da dívida pelos restantes credores. O
pagamento dos créditos será “faseado ao longo de 13 anos”, sendo que o
“primeiro ano é de carência” e nesse período “só serão pagos as
obrigações ao fisco e à segurança social”. Nos quatro anos seguintes
serão “reembolsados os credores relativos ao quadro de pessoal”, nos
próximos quatro aos “credores comuns e só na parte final aos credores
subordinados”.
Fonte: O Notícias da Trofa
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