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À conversa com Chico
Francisco
José Castro Fernandes é um avançado português de 30 anos que chegou ao
C.D.Trofense na temporada 2004/2005 tendo ajudado o clube a garantir a
manutenção na então 2ª divisão zona norte alcançando a 15ª posição.
Na
temporada seguinte, o Trofense atingiu um marco histórico ao vencer o
campeonato da 2ª divisão série A, garantindo a subida de divisão em jogo
atípico contra o Lousada, perdendo na final o título da segunda divisão contra
o Olivais e Moscavide.
Com
a saída do Trofense, o atleta jogou no Varzim antes de se aventurar no
estrangeiro.
De
regresso a Famalicão, Chico dá-nos a conhecer um pouco mais de si, fala de
algumas tristezas e dos bons momentos vividos no clube.
Blog
dos Trofenses: Como descreves a tua infância?
Chico:
muito feliz!
BDT:
O que gostas de fazer nos teus tempos livres?
Chico:
gosto muito de jogar playstation, neste momento fifa 13.
BDT:
Qual/quais são os teus pratos preferidos?
Chico:
gosto de uma boa feijoada.
BDT:
Desde quando te surgiu o gosto pelo futebol? E quando é que acreditaste que era
do futebol que querias fazer profissão?
Chico:
desde muito novo, aos 8 anos senti que o futebol era a minha paixão, sempre
acreditei que faria do futebol a minha profissão.
BDT:
Por onde fizeste o teu percurso nas camadas jovens? E que lembranças tens
desses tempos?
Chico:
comecei por jogar futebol salão muito muito novo no meu bairro (edifício das
lameiras). Aos 9 anos fui às captações do F.C. Famalicão onde permaneci até aos
11. Aí surgiu a oportunidade de representar o F.C. Porto, durante 3 anos vivi e
estudei na cidade do porto, depois regressei ao F.C. Famalicão até aos
juniores. As lembranças são algumas não é fácil sair de casa com 11 anos e
viver sem os pais, irmãos e amigos mas, sem duvida que valeu e muito o esforço
BDT:
Sempre foste ponta de lança?
Chico:
sempre
BDT:
Ao longo da tua carreira tiveste a oportunidade de trabalhares com diversos
treinadores. Houve algum que te marcasse mais? Que aspetos salientas desses
mesmos?
Chico:
penso que todos eles me marcaram e me ensinaram a crescer no futebol e como
homem mas sem dúvida que tenho que referir o mister DANIEL RAMOS foi sem dúvida
a pessoa que mais me ajudou e acreditou em mim.
BDT:
Como é que surgiu a oportunidade de ingressares no Clube Desportivo Trofense?
Chico:
O convite surgiu por intermédio do mister Porfírio Amorim.
BDT:
Tendo tido a oportunidade de viver por dentro dois campeonatos (2ª divisão B e
2ª liga) diferentes, que maiores diferenças podes destacar entre ambos?
Chico:
são muitas, a 2ª divisão B é um futebol mais de contacto mais agressivo, já a 2ª
Liga é o inverso.
BDT:
Qual/quais os jogos que te marcaram mais e porquê?
Chico:
sem dúvida o jogo da subida de divisão do trofense à 2ª Liga.
BDT:
Em 2010/11 ajudaste o Trofense na caminhada rumo à 1ª Liga, objetivo que não
seria alcançado por um ponto. Que sentimento pairou no balneário nesse final de
campeonato? O que falhou (a teu ver)?
Chico:
é muito difícil trabalhares durante uma época por um objectivo e na última
jornada não conseguires atingir o mesmo por apenas 1 ponto. Foram vários
sentimentos difíceis descrever… Penso que não falhou nada, a 2ª Liga é muito
competitiva e nos últimos anos tem sido sempre decidida até à última jornada
com vários clubes a (morrer na praia) na última jornada.
BDT:
Na tua passagem pelo Trofense, contribuíste para duas manutenções, uma “morte à
beira mar” e uma subida de divisão. Qual ou quais consideras terem sido os
melhores momentos neste clube?
Chico:
o ano da subida a 2ª Liga nunca irei esquecer… Foi um ano onde tudo correu da
melhor forma possível, momentos inesquecíveis.
BDT:
E que aspetos negativos ou maiores desilusões destacas da passagem pelo clube?
Chico:
a maior desilusão foi não conseguir subir à 1ª Liga, apenas essa.
BDT:
Qual foi o jogador com que mais gostaste de jogar no clube? E em termos de
amizades, quais destacas e porquê?
Chico:
é difícil de mencionar um em particular. Foram muitas amizades que ainda hoje
as mantenho e muito jogadores com imensa qualidade.
BDT:
Num contexto geral, que balanço fazes da passagem pelo Trofense?
Chico:
muito positivo!
BDT:
Após a saída do Trofense, andaste pelo Varzim, e depois rumaste ao campeonato
Romeno. O que te levou a emigrares foi sobretudo a componente financeira ou
fazia parte dos teus planos jogares no estrangeiro?
Chico:
a componente financeira era vantajosa e tinha um certo desejo de jogar fora de Portugal .
BDT:
Em 8 jogos disputados em 2008/2009 marcaste por 8 ocasiões, ficando com uma
média de um golo por jogo. Porque razão não foste utilizado mais vezes nessa
temporada?
Chico:
a fase de adaptação não foi fácil e, penso que isso não me ajudou.
BDT:
Qual é a tua perspetiva do futebol Romeno? E da cultura do País?
Chico:
um campeonato com qualidade mas penso que é necessário muito investimento, é uns
pais parado pois cresce muito pouco no geral.
BDT:
A nível financeiro saiu nos jornais que na altura te deviam ordenados. Sendo
comum atualmente jogadores portugueses rumarem a essas paragens, que comentário
fazes da tua experiência pessoal?
Chico:
sim é verdade. Tive imensos problemas a nível financeiro onde ainda hoje
decorre um processo na Fifa para receber os meus direitos.
BDT:
Após a passagem pelo Trofense, foste jogar para o Desp. Chaves da 2ª Divisão
Zona Norte. Em 27 jogos disputados entre campeonato e Taça, marcaste 12 golos.
Acreditas que esse rendimento possa ter calado algumas más-línguas e
demonstrado que não estás “acabado” para o futebol?
Chico:
foi uma época difícil com algumas lesões e muita instabilidade. Tivemos 3
treinadores durante uma época e penso que poderia ter sido muito melhor, mas
são coisas que acontecem no mundo do futebol mas num contexto geral foi uma
época razoável.
BDT:
Neste defeso, assinas-te pelo Famalicão, regressando desta forma a casa. Era um
regresso ansiado? O projeto e as pessoas envolventes seduziram-te?
Chico:
é sempre bom representar o clube do coração. Regresso ansiado a um clube que
está a crescer e, onde tem gente que gosta verdadeiramente do clube e que tem
um projeto ambicioso.
BDT:
Com um empate na ronda inaugural (2-2 com o Gondomar e um golo marcado), o
objetivo passa pela subida de divisão?
Chico:
neste momento vamos com 4 jogos disputados e 4 golos marcados. Ocupamos o 2º lugar
e será muito difícil subir, mas acreditamos que é possível.
BDT:
Voltando ao Trofense e antes de terminar, tens acompanhado a vida do clube? Que
comentário fazes do trajeto do Trofense nestes últimos anos?
Chico:
um clube que cresceu imenso. Tenho acompanhado sempre, é um clube que respeito
gosto e sinto.
BDT:
Após uma boa conversa em que ficamos a saber um pouco mais de ti, que mensagem
queres deixar aos sócios e simpatizantes do Trofense?
Chico:
primeiro gostava de agradecer o carinho e a forma como fui recebido no clube.
Após alguma instabilidade vivida no clube é preciso acreditar que é possível
levantar novamente o clube e fazê-lo crescer ainda mais.
Abraço a todos, obrigado.
Entrevista concedida a 8 de outubro
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