segunda-feira, outubro 15, 2012

À conversa com Chico





Francisco José Castro Fernandes é um avançado português de 30 anos que chegou ao C.D.Trofense na temporada 2004/2005 tendo ajudado o clube a garantir a manutenção na então 2ª divisão zona norte alcançando a 15ª posição.

Na temporada seguinte, o Trofense atingiu um marco histórico ao vencer o campeonato da 2ª divisão série A, garantindo a subida de divisão em jogo atípico contra o Lousada, perdendo na final o título da segunda divisão contra o Olivais e Moscavide.

Com a saída do Trofense, o atleta jogou no Varzim antes de se aventurar no estrangeiro.

De regresso a Famalicão, Chico dá-nos a conhecer um pouco mais de si, fala de algumas tristezas e dos bons momentos vividos no clube.

 

 

Blog dos Trofenses: Como descreves a tua infância?

 

Chico: muito feliz!

 

BDT: O que gostas de fazer nos teus tempos livres?

 

Chico: gosto muito de jogar playstation, neste momento fifa 13.

 

BDT: Qual/quais são os teus pratos preferidos?

 

Chico: gosto de uma boa feijoada.

 

BDT: Desde quando te surgiu o gosto pelo futebol? E quando é que acreditaste que era do futebol que querias fazer profissão?

 

Chico: desde muito novo, aos 8 anos senti que o futebol era a minha paixão, sempre acreditei que faria do futebol a minha profissão.

 

BDT: Por onde fizeste o teu percurso nas camadas jovens? E que lembranças tens desses tempos?

 

Chico: comecei por jogar futebol salão muito muito novo no meu bairro (edifício das lameiras). Aos 9 anos fui às captações do F.C. Famalicão onde permaneci até aos 11. Aí surgiu a oportunidade de representar o F.C. Porto, durante 3 anos vivi e estudei na cidade do porto, depois regressei ao F.C. Famalicão até aos juniores. As lembranças são algumas não é fácil sair de casa com 11 anos e viver sem os pais, irmãos e amigos mas, sem duvida que valeu e muito o esforço

 

BDT: Sempre foste ponta de lança?

 

Chico: sempre

 

BDT: Ao longo da tua carreira tiveste a oportunidade de trabalhares com diversos treinadores. Houve algum que te marcasse mais? Que aspetos salientas desses mesmos?

 

Chico: penso que todos eles me marcaram e me ensinaram a crescer no futebol e como homem mas sem dúvida que tenho que referir o mister DANIEL RAMOS foi sem dúvida a pessoa que mais me ajudou e acreditou em mim.

 

BDT: Como é que surgiu a oportunidade de ingressares no Clube Desportivo Trofense?

 

Chico: O convite surgiu por intermédio do mister Porfírio Amorim. 

 

BDT: Tendo tido a oportunidade de viver por dentro dois campeonatos (2ª divisão B e 2ª liga) diferentes, que maiores diferenças podes destacar entre ambos?

 

Chico: são muitas, a 2ª divisão B é um futebol mais de contacto mais agressivo, já a 2ª Liga é o inverso.

 

BDT: Qual/quais os jogos que te marcaram mais e porquê?

 

Chico: sem dúvida o jogo da subida de divisão do trofense à 2ª Liga.

 

BDT: Em 2010/11 ajudaste o Trofense na caminhada rumo à 1ª Liga, objetivo que não seria alcançado por um ponto. Que sentimento pairou no balneário nesse final de campeonato? O que falhou (a teu ver)?

 

Chico: é muito difícil trabalhares durante uma época por um objectivo e na última jornada não conseguires atingir o mesmo por apenas 1 ponto. Foram vários sentimentos difíceis descrever… Penso que não falhou nada, a 2ª Liga é muito competitiva e nos últimos anos tem sido sempre decidida até à última jornada com vários clubes a (morrer na praia) na última jornada.

 

BDT: Na tua passagem pelo Trofense, contribuíste para duas manutenções, uma “morte à beira mar” e uma subida de divisão. Qual ou quais consideras terem sido os melhores momentos neste clube?

 

Chico: o ano da subida a 2ª Liga nunca irei esquecer… Foi um ano onde tudo correu da melhor forma possível, momentos inesquecíveis.

 

BDT: E que aspetos negativos ou maiores desilusões destacas da passagem pelo clube?

 

Chico: a maior desilusão foi não conseguir subir à 1ª Liga, apenas essa.

 

BDT: Qual foi o jogador com que mais gostaste de jogar no clube? E em termos de amizades, quais destacas e porquê?

 

Chico: é difícil de mencionar um em particular. Foram muitas amizades que ainda hoje as mantenho e muito jogadores com imensa qualidade.

 

BDT: Num contexto geral, que balanço fazes da passagem pelo Trofense?

 

Chico: muito positivo!

 

BDT: Após a saída do Trofense, andaste pelo Varzim, e depois rumaste ao campeonato Romeno. O que te levou a emigrares foi sobretudo a componente financeira ou fazia parte dos teus planos jogares no estrangeiro?

 

Chico: a componente financeira era vantajosa e tinha um certo desejo de jogar  fora de Portugal .

 

BDT: Em 8 jogos disputados em 2008/2009 marcaste por 8 ocasiões, ficando com uma média de um golo por jogo. Porque razão não foste utilizado mais vezes nessa temporada?

 

Chico: a fase de adaptação não foi fácil e, penso que isso não me ajudou.

 

BDT: Qual é a tua perspetiva do futebol Romeno? E da cultura do País?

 

Chico: um campeonato com qualidade mas penso que é necessário muito investimento, é uns pais parado pois cresce muito pouco no geral.

 

BDT: A nível financeiro saiu nos jornais que na altura te deviam ordenados. Sendo comum atualmente jogadores portugueses rumarem a essas paragens, que comentário fazes da tua experiência pessoal?

 

Chico: sim é verdade. Tive imensos problemas a nível financeiro onde ainda hoje decorre um processo na Fifa para receber os meus direitos.

 

BDT: Após a passagem pelo Trofense, foste jogar para o Desp. Chaves da 2ª Divisão Zona Norte. Em 27 jogos disputados entre campeonato e Taça, marcaste 12 golos. Acreditas que esse rendimento possa ter calado algumas más-línguas e demonstrado que não estás “acabado” para o futebol?

 

Chico: foi uma época difícil com algumas lesões e muita instabilidade. Tivemos 3 treinadores durante uma época e penso que poderia ter sido muito melhor, mas são coisas que acontecem no mundo do futebol mas num contexto geral foi uma época razoável.

 

BDT: Neste defeso, assinas-te pelo Famalicão, regressando desta forma a casa. Era um regresso ansiado? O projeto e as pessoas envolventes seduziram-te?

 

Chico: é sempre bom representar o clube do coração. Regresso ansiado a um clube que está a crescer e, onde tem gente que gosta verdadeiramente do clube e que tem um projeto ambicioso.

 

BDT: Com um empate na ronda inaugural (2-2 com o Gondomar e um golo marcado), o objetivo passa pela subida de divisão?

 

Chico: neste momento vamos com 4 jogos disputados e 4 golos marcados. Ocupamos o 2º lugar e será muito difícil subir, mas acreditamos que é possível.

 

BDT: Voltando ao Trofense e antes de terminar, tens acompanhado a vida do clube? Que comentário fazes do trajeto do Trofense nestes últimos anos?

 

Chico: um clube que cresceu imenso. Tenho acompanhado sempre, é um clube que respeito gosto e sinto.

 

BDT: Após uma boa conversa em que ficamos a saber um pouco mais de ti, que mensagem queres deixar aos sócios e simpatizantes do Trofense?

 

Chico: primeiro gostava de agradecer o carinho e a forma como fui recebido no clube. Após alguma instabilidade vivida no clube é preciso acreditar que é possível levantar novamente o clube e fazê-lo crescer ainda mais.

 Abraço a todos, obrigado.

 

Entrevista concedida a 8 de outubro

 

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