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À conversa com... Milton do Ó
Milton Rogério Harassen do Ó é um defesa brasileiro,
de 33 anos, que chegou ao C.D.Trofense na temporada 2007/2008, onde permaneceu
até 2010. Tendo disputado um total de 59 jogos, o seu único golo tem a
particularidade de estar ligado à histórica subida de divisão com a obtenção de
3 pontos importantíssimos em Santa Maria da Feira.
Com formação feita no
Paraná, no Brasil, teve passagens por Atlético Paranaense, Goiás, Vitória,
Inter de Limeira e Fluminense. Pelo meio, experimentou também o futebol turco,
onde defendeu as cores do Samsunspor, e do futebol francês, no Olimpique de Marselha.
Em 1999, participou no Campeonato do Mundo de sub20, na Nigéria, ajudando o
Brasil a atingir os quartos-de-final da competição.
Blog
dos Trofenses (BDT): Quem
é o Milton do Ó?
Milton:
Uma
pessoa com muitas falhas, que tenta melhorar, com a ajuda de DEUS, a cada dia.
BDT:
Como foi a tua infância?
Milton:
Ma-ra-vi-lho-sa.
Um tempo onde só guardo boas recordações.
BDT:
O que gostas de fazer nos teus tempos
livres?
Milton:
Estar
com a família é algo que eu amo.
BDT:
Qual/quais os teus pratos preferidos?
Milton:
Gosto
muito de massas, mas não abdico de um bom churrasco.
BDT:
O gosto pelo futebol surgiu desde
pequeno? E quando é que decidiste ir atrás do teu sonho de ser futebolista
profissional?
Milton:
Meu
pai era futebolista, meus pais se conheceram em um estádio de futebol. Meu
irmão mais velho, se tornou futebolista. Desde os 4 anos de idade meus pais
incentivaram-me a jogar em escolinhas. É algo que se não fizesse parte da minha
vida, não tenho a visualização de outras profissões nela.
BDT:
Sempre foste defesa central?
Milton:
Não.
Comecei no meio mas como profissional, atuei de lateral direito e esquerdo e centro-médio.
BDT:
Ao longo da tua longa carreira tiveste a
oportunidade de trabalhares com diversos treinadores. Houve algum que te
marcasse mais?
Milton:
Difícil
destacar um só. Tive mais de 40 treinadores em minha carreira profissional e
com todos tive valiosos ensinamentos.
BDT:
Como é que surgiu a oportunidade de
ingressares no Clube Desportivo Trofense?
Milton:
Eu
tinha contrato com o Marítimo por mais 2 anos, o meu grande amigo, o Sr. Carlos
Pereira, presidente da instituição, conversou comigo e disse que o Trofense me
queria por empréstimo através de um pedido do mister António Conceição. Eu
aceitei porque um grande amigo meu já encontrava-se no clube, o André Barreto.
Pela grande afinidade de nossas famílias e as boas informações que o André
passou-me do clube, eu aceitei o projeto.
BDT:
Qual é o balanço que fazes dessa época
que culminou com a subida ao principal escalão do futebol Português?
Milton:
Inteligente
e eficaz. Nunca nos preocupamos em sermos os primeiros da tabela, mas sim em
nunca perder em casa e arrancar máximo de pontos fora de casa. Conhecíamos as
limitações que possuíamos, acreditávamos fortemente em nossas virtudes. Um
grupo que sabia sofrer sem grandes esforços, fazendo disso, uma de nossas
grandes forças.
BDT:
Na temporada seguinte, assinas pelo
Trofense e és o segundo jogador mais utilizado atrás de Valdomiro. Infelizmente
o desfecho não foi o pretendido e o Trofense acaba por descer à 2ª Liga. O que
achas que falhou nessa temporada? Qual o estado de espírito após a derrota em
Paços de Ferreira?
Milton:
…
difícil verbalizar o que se passou nesta época. Uma equipa óptima. Bons
treinadores, tanto mister António como mister Tulipa. Mas creio que foi
determinante para o nosso rebaixamento o desligamento do Sr. Ramos do clube. Um
homem que fazia muito pelo Trofense, independente do possam falar. Um perfeito
ajudador, tanto na parte política como desportiva.
BDT:
Creio que o teu golo marcado no terreno
do Feirense tenha sido um dos melhores momentos que recordas da passagem pelo
clube. Destacas mais algum momento em particular? E qual consideras ser o pior
momento?
Milton:
O
momento do gol foi mágico. Eu tinha uma lesão no menisco do joelho direito.
Sentia muitas dores e meu joelho inchava muito. Mas como faltava somente 2
meses e meio para terminar a competição, decidimos não fazer a cirurgia e eu
continuaria a atuar até o limite, mas graças a DEUS este limite não chegou.
Consegui jogar até o final sendo o atleta com mais jogos ao lado do
guarda-redes Paulo, e realizei a cirurgia no Brasil após o término da
competição. O pior momento com certeza foi o descenso.
BDT:
Tens acompanhado a vida do clube? Que
comentário fazes do percurso que o Trofense tem tido ao longo dos últimos anos?
Milton:
Não
assiduamente. Digo com sinceridade que esperava mais, mas confio que o clube
ocupará um lugar de maior respeito.
BDT:
Em 2010 sofreste uma séria lesão no
joelho que te enviou para a sala de operações. Podes-nos descrever o lance em
que tudo aconteceu?
Milton:
Foi
em um lance sozinho no último jogo da pré-época, contra o Vitória de Guimarães.
No final do jogo pisei em falso, no meio campo, e sofri a lesão no joelho…
BDT:
Seguiu-se uma longa e dura recuperação.
Como foram esses tempos animicamente? Chegaste a recuperar da lesão na
totalidade?
Milton:
Não.
Nunca conseguimos tirar o inchaço dele. E as dores eram terríveis.
BDT:
Após te teres “despedido” do Trofense,
voltaste para o Brasil? Guardas alguma mágoa da forma como terminou a ligação
com o clube?
Milton:
Mágoa
não. Mas as pessoas que trabalhavam no clube poderiam atuar com mais delicadeza
ao tratar do mau caso. Achei um tanto frio, mas serviu de aprendizado.
BDT:
Que tens feito desde então?
Milton:
Fiquei
um ano parado. Meu filho passou por uma cirurgia no cérebro para a retirada de
um cisto (Brasil) e esperei a sua recuperação. Fiz curso de treinador, e hoje
sou treinador da categoria sub-20 do Paraná Clube.
BDT:
Veio à pouco tempo a público uma dívida
de cerca de 118 mil euros por parte do Trofense. Podes-nos explicar em que
consiste essa dívida? Foi por incumprimento salarial ou devido à seguradora?
Milton:
Há
questões contratuais a resolver.
BDT:
Por que é que decidiste avançar com um processo em tribunal? Podes
explicar quando deste provimento ao teu processo jurídico? Foi logo após a
saída do Trofense?
Milton:
Não posso responder!
BDT: Os atuais dirigentes (comissão administrativa)
têm mantido contactos contigo com o intuito de chegar a um entendimento? Existe
hipótese de chegar a um entendimento ou pretendes levar o processo até às
últimas consequências?
Milton: Não posso responder!
BDT:
Por fim, que mensagem queres deixar aos
sócios e simpatizantes do Trofense?
Milton:
Primeiro
o meu MUITO OBRIGADO, por terem acolhido a mim e minha família tão bem.
E deixar o meu pedido de PERDÃO por qualquer erro ou falta cometida,
tanto no sentido desportivo como pessoal. Deixar também um enorme beijo à todos
os amigos que deixei nesta terra maravilhosa, onde meu filho foi alfabetizado e
minha filha nasceu. DEUS abençoe a Trofa.
3 comentários:
Tenho que dar os parabéns por esta nova rubrica.
a escolha para o primeiro entrevistado não podia ser melhor, devido às notícias de última.
Continuem a dinamizar o blog
Força Trofense
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